Einleitung (Prelúdio)
Era uma noite aparentemente calma. O céu, que havia escurecido há tempos, já possuía seus tão conhecidos pontos prateados. Os animais já haviam se recolhido para suas tocas, e os que possuíam hábitos noturnos, perambulavam por aí em busca de sua presa. Tudo estava lindo, calmo e em seu perfeito lugar como numa cena capturada por um pintor no veludo negro.
Enquanto isso, num lugar afastado de toda beleza, duas pessoas encontravam-se desacordadas em um casebre envolto pela escuridão. O lugar era fétido, escuro, e assim como seu odor dizia, era um lugar sujo.
Uma das pessoas acordava. A pessoa permaneceu parada e com os olhos abertos por um tempo para se acostumar com a escuridão.
Perscrutou a área com os olhos. Quando seus olhos encontraram a porta, nada podia ser visto pelas pequenas barras de metal que fechavam um pequeno retângulo na porta. Ficou feliz, pois não havia nem fumaça do que deveria ali estar.
Ao olhar para o lado, viu um relevo mais escuro. Encontrou a outra pessoa ao seu lado. Preocupando-se com o fato de que poderia ser ouvida por alguém, apenas sacudia a tal existência. Mas, conforme as sacudidas não faziam efeito, começou a sussurrar no ouvido da pessoa.
– Hey! Hey! Acorda! Por favor, acorda! Mano, acorda! – em resposta, apenas recebia gemidos.
Assim continuou durante vários minutos, até que no limite de seu estresse, sussurrou um pouco mais alto no ouvido do ser humano dorminhoco.
– Maninho, eu vou me casar e não vou te chamar! – agindo rápido e identificando os próximos movimentos de seu "mano", tapou a boca da pessoa que arregalou os olhos e começou a se debater em baixo dela com força. – Calma! É só mentirinha! Acalme-se, Loirinho! – conforme os segundos passavam, ele acalmava-se e as mãos iam sendo retiradas de sua boca.
– Quase que você me mata'ttebayo! Achei que você não fosse me chamar mesmo, mana! Não faça isso novamente! – choramingou baixinho.
– Não sei por que ligas! Sabes que pra isso acontecer, ainda irá demorar muito tempo! – disse ela, arqueando uma sobrancelha.
– Justamente por isso! – disse ele, fazendo menção de levantar a voz, mas ao receber um olhar reprovador, voltou ao antigo estado de sussurros. – O dia em que você se casar vai ser um feito histórico para nós e eu preciso estar lá pra ver! Não perderei este dia sagrado por nada!
– Tudo bem! Já entendi que queres ver meu fim de liberdade! Mas aqui não é a hora nem o lugar para discutirmos isso. Olhe. – disse ela, apontando para a porta que os trancava.
Ele seguiu sua mão com o olhar.
– Não há guardas. Temos que sair daqui, enquanto ainda estamos sóbrios.
– Mas como... Você não está pensando em... – vendo o olhar maroto dela, protestou: – Não, não e não, Tenten! Vai se matar assim! Você não está em condições. Nós não estamos em condições. E também...
– Ah, vamos, Naruto! – interrompeu-o. – Deixe de ser tão chato. Se me ajudares, conseguiremos sair daqui. Só precisamos abrir aquela porta e fechá-la do mesmo jeito!
Ele analisou um pouco a situação.
– Tudo bem, mas não me reprima! A última vez que fizeste isso, eu quase morri com a dor de cabeça insuportável que me causou!
Ele procurou fundo em sua mente a porta que lhe impedia de usar seus poderes normalmente, e ao liberá-la, entrou na mente de sua "mana".
Juntou seus poderes ao dela, conectando-os como uma só entidade fossem.
– Öffnen die tür in schweigen! – disseram em uníssono. Assim que a porta se abriu, eles saíram e ordenaram rapidamente: – Zumachen die tür in schweigen! – e do mesmo modo silencioso com o qual se abriu, a porta se fechou.
Saíram de lá correndo o mais rápido que podiam. Quem os olhasse de longe achariam que eram belos humanos normais. A não ser, claro, pelo fato da rapidez sobrehumana com o qual corriam.
Quando estavam longe o suficiente, ela achou que estivessem seguros.
Naruto sentindo uma presença estranha perto deles, olhou para trás com receio. O que fez ele gritar em pensamentos para Tenten, que corria sem se preocupar:
Soldados!!
Mas como...? Não havia ninguém quando saímos de lá!, disse Tenten, que parou alarmada.
A menos que...
Magos!, disse ela, Droga! Como não fui pensar nisso?! Fiquei feliz porque não havia ninguém a vista para nos vigiar que esqueci que aquele... ser repugnante deveria estar nos observando por meio de seus magos e sua cristalomancia! Agora seus magos mandaram os soldados atrás de nós. Como fui tola!
Deixa... Não podemos mais evitar. Foi erro meu também. Só precisamos nos concentrar em achar um modo de fugirmos. Afinal, ainda estamos nas terras imperiais inimigas.
Ficaram quietos por alguns instantes.
Eu tenho uma idéia, mas... Você provavelmente irá contra mim.
Ele, rapidamente reconhecendo as idéias da companheira, ralhou.
Não! Aquilo não! Sabes muito bem porque eu abomino esta técnica!
Não dá mais pra fugir. Soldados conseguiram nos seguiram até aqui. Agora, Loirinho, eu preciso mesmo usar minhas forças e você as suas. Sei que você não gosta, mas é preciso. A gente levará no máximo algumas horas para ficarmos longe o suficiente desse lugar repugnante, mas antes disso precisamos manter esses bárbaros longe o suficiente de nós. Precisamos sair o mais rápido possível daqui. Cumprir as missões que nos foram ordenadas. Por favor!
Ele lançou olhares indignados para a parceira. Ela ficou apreensiva com a resposta, pois não conseguiria usar tal técnica sozinha, em suas atuais condições.
Tudo bem,disse ele, entendo suas preocupações. Argh! Vamos logo nos concentrar em sair daqui, antes que eu mude de idéia. É a nossa vida e a de nosso povo que corre perigo. Faço isso somente pelo nosso povo, nossos amigos.
Ela esboçou um sorriso. Sim, por eles.
Então, juntamente, disseram o feitiço que sempre odiaram ter que usar.
Sem ficarem pra ver os acontecimentos seguintes, correram usando todas as suas forças restantes, porém atentos a cada movimento ao seu redor.
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Fizeram uma caminhada sem parar por dias. Estavam correndo rápido, porém com cuidado sobre um desfiladeiro de mais de 10 metros. No alvorecer, o trecho que se via por onde andavam era uma parte seca, onde parecia que não chovia fazia tempos. Ainda assim, a paisagem nos céus era de um alaranjado arrebatador.
Conforme as horas se passaram, o dia chegava em seu auge. Os dois estavam num lugar onde a paisagem abaixo deles mudava drasticamente, tranformando numa grande floresta escura onde antes havia somente o seco. Naruto rapidamente a reconheceu.
– É ela. A floresta que nos deram como referência! Estamos perto!
– Bem, perto não é bem a palavra, ainda faltam dias de viagem, mas... – ela abaixou o olhar – Fico feliz sobre isso sabe... É nossa sentença de vitória! Se aceitarem nos ajudar...! Loirinho, também fico feliz que você esteja bem.
– Ah, que isso mana. Sabe que não vou te deixar só, dattebayo! – disse abrindo um sorriso que lhe parecia maior que a cara.
Andaram mais um pouco, quando a menina sentiu-se tonta e vacilou.
– Cuidado! – disse o loiro segurando a menina. – Esse lugar é perigoso.
– Ora, mas que rapaz chato! Eu só estou cansada. Estou a sei lá quantos dias sem comer, usei aquela magia e desde então não paro de andar! Não sou de ferro né?! – resmungou ela.
– Se é isso, vamos parar agora! Aí você descansa e come alguma coisa...
– Não! – interrompeu-o – Nem morta que vou parar agora, tão perto de onde queria estar! Deve ser só insolação. Afinal, estamos em pleno meio-dia.
– Mas... – foi interrompido novamente.
– Já disse que não! Vamos continuar andando! – disse ela, com ar autoritário.
– Tudo bem então.
Naruto, que nada podia fazer por ela contra sua vontade, continuou a andar.
Caminharam por entre a trilha por mais algum tempo, até que Tenten sentiu-se zonza novamente. Ao enxergar tudo rodando a sua volta, não viu onde estava pisando e tropeçou numa das muitas pedras soltas do desfiladeiro, assim caindo.
Rapidamente ela conseguiu segurar-se em uma brecha entre as pedras.
– Naruto, ajude-me! – gritou ela.
– Tenten! – gritou ele abismado com a cena que via diante de si. Abaixou-se e estendeu a mão. – Segure-se! Vou tentar puxá-la.
Ela acatou ao pedido dele e segurou firme em sua mão. Ele a puxou pra si e estava quase conseguindo quando tudo aconteceu.
Foi tudo muito rápido e então tudo o que se via era que lá estava Naruto caindo desfiladeiro abaixo junto com sua amiga. Ele havia se apoiado numa pedra que se soltou.
– Naruto! – gritou Tenten.
Ela sentiu como se a vida estivesse se esvaindo de si conforme o chão chegava cada vez mais perto.
– Nós vamos morrer? É isso? – disse ela chorando com medo enquanto caíam.
– Vai ficar tudo bem, mana. – sussurrou e agarrou-se mais forte a mão dela.
Então tudo o que se podia ouvir era um baque surdo.
E eles viram somente a escuridão diante de si.
continua...
fanfic escrita por Onuki_Yumi
Yowamushi Pedal: Glory Line – Episódio 19: O Pico Se Aproxima
Há 6 anos