quinta-feira, 29 de abril de 2010

Magische Schicksal II


Erinnerungen (Memórias)
No auge do dia, o céu se encontrava com o mais puro e límpido azul existente. Não havia se quer uma nuvem no céu, dando espaço para que a estrela Sol reinasse e brilhasse com toda a majestade lhe concedida pelos deuses.
Ao lado de um alto desfiladeiro, um belo homem caminhava. Usava um traje, como uma túnica, de cor amarronzada, presa por um pano de tom ainda marrom, porém mais escuro. Seus cabelos negros chegavam-lhe até os ombros e possuíam um brilho em um tom profundo de roxo, que entravam em contraste com a pele demasiadamente branca. Seus olhos eram de um tom perolado, como se fossem uma pequena réplica da lua. Seu nariz era fino e um pouco arrebitado. Suas feições o assemelhavam a uma pessoa no auge de sua mocidade. Se mulheres o vissem, cairiam aos seus pés por obra de sua beleza.
– Que belo dia! Há tempos não vejo um céu tão claro como este! – disse, com a atenção direcionada ao céu.
Andava rápido para um humano comum, e conforme o fazia, viu a drástica transformação de paisagem seca por uma bela paisagem de uma floresta.
Finalmente estou perto, pensou ele. Após dias de viagem, finalmente vou retornar ao meu lar! Será que..., um grito de ajuda interrompeu seus devaneios.
– Naruto, ajude-me! – ele ouviu o grito de uma mulher.
O que está acontecendo?
Procurou na área, com os olhos, a pessoa que havia pedido por ajuda. Enxergou, um pouco mais a frente e acima de si, duas pessoas se segurando.
O homem então se assustou quando viu que a pessoa que segurava havia poucos segundos, estava agora caindo junto com a que antes era segurada.
E agora? Não posso deixar esses humanos morrerem! Mas não há nada que posso fazer! Tenho muito pouco tempo para cantar para essa rocha...
Então um lampejo de idéia passou pela sua cabeça. Sabia que o baque ainda seria forte, por ocorrência da altura da queda, porém achou mais correto do que deixá-los morrer.
– Luft! Verwandeln selbst! – sussurrou, dizendo o nome verdadeiro do ar.
O ar rapidamente transformou-se em algo como uma placa sólida esbranquiçada, que parecia ser segurada por uma força invisível. Segundos depois, lá caíram as duas pessoas que o belo homem salvara. Prevendo o que iria acontecer, rapidamente sussurrou outra vez.
– Halten! – e então a placa de ar estilhaçou-se do ponto alto em que havia se fixado, e, antes de chegarem ao chão, os estilhaços voltavam a ser parte do vento.
A placa havia diminuído a velocidade das duas pessoas, fazendo assim com que o feitiço agora lançado pelo homem os alcançasse e ele pudesse descê-los até o chão com calma.
Assim que os posicionou no chão cuidadosamente, liberou seu feitiço e arfou. Ficara cansado, pois o primeiro feitiço era difícil e assim exigira muito de si mesmo.
Caminhou até perto das duas pessoas e viu que nem mesmo seu feitiço havia lhes poupado de cortes e machucados. Examinou os dois com muito cuidado e preocupou-se ao ver que as duas pessoas estavam com ferimentos na cabeça.
Examinou-os mais um tempo e ficou feliz ao constatar que não possuíam mais ferimentos graves fora aquele; apenas cortes superficiais e arranhões.
Ele pôs a mão sobre a cabeça da garota e disse:
– Heilen!
A ferida dela foi como que voltando no tempo, fazendo com que o ferimento externo desaparecesse. Repetiu o procedimento com os machucados menores. Depois seguiu para o garoto loiro e novamente disse as palavras de cura, posteriormente refazendo o mesmo ato com os outros ferimentos.
Ao acabar, jogou-se no chão cansado. Apoiou-se na grande parede de pedra e olhou para a incomensurável vastidão do céu. Admirou o infinito azul, que agora tomava fortes tonalidades de laranja, indicando que em breve o quente Sol daria espaço para a fria Lua reinar.
– Pude perceber que irei me atrasar mais do que esperava... – Esboçou um sorriso. – Pelo menos estão vivos, e isso é um peso a menos em minha consciência.
Então ele olhou para os dois que estavam caídos a sua frente.
Mais parece que estão dormindo... E não que caíram de uma altura tão grande, pensou.
Seus olhos pairaram sobre os dois. Olhou primeiro o garoto.
Ele possuía rebeldes e curtos cabelos loiros. Sua roupa era composta de uma calça de couro negro. Sua camisa era de linho branco puro, com mangas compridas, que ficava jogada por cima de suas calças. Por cima de sua camisa, ele usava um colete que mais aparentava ser feito couro negro. Por cima da calça e da camisa, pendia uma bainha presa em sua cintura, onde podia ver-se o cabo de uma bela espada Montante prateada com um rubi cravejado em seu pomo.
Um belo homem para um humano, porém este não é exatamente meu tipo, pensou fazendo uma careta.
Depois, olhou para a garota, analisando-a.
Os cabelos castanhos presos em um penteado que havia se desfeito na queda, mas que ainda guardavam um pouco da aparência presa do que deveriam ter sido dois coques. A pele de cor mais bronzeada, tão diferente da dele que era branca como a neve. A roupa negra de couro, que se assemelhava a de uma guerreira. A calça de couro possuía somente uma pequena adaga de ferro presa a ela. A blusa não parecia a ele mais do que uma blusa branca de linho de mangas curtas com ombros aparentes. Por cima, havia um corset de couro negro com detalhes prateados. Ela estava deitada por cima do que parecia lhe ser um arco e uma aljava com flechas, todas feitas em madeira negra.
Absolutamente linda, foram as palavras que achou corretas para descrevê-la naquela hora, mesmo estando ela suja e com sangue a sua volta, assim como seu amigo loiro.
– E então, bela guerreira adormecida, o que devo fazer a ti e seu amigo? Não poderei deixá-los em um vilarejo, pois o mais próximo fica muito a sul daqui... Como tu irás me ajudar nessas condições depois de ter eu ajudado a ti? – falou com a garota desacordada.
Um lampejo de idéia passou por sua face. Estudou um pouco o que pensara.
É arriscado, mas vou tentar isso. Se o velho Vrael vir o que farei, irá me assassinar! Ah se irá!, pensou ele, rindo consigo mesmo numa piada que apenas ele entendia.
E assim caminhou para um mundo de fantasias, rindo de sua própria idéia e pensando na "bela adormecida".
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No dia seguinte, ele despertou assim que a manhã alcançou sua primeira hora.
Executando a idéia que antes tivera, colocou a menina guerreira em suas costas, apoiando-a com sua mão esquerda. Depois segurou o garoto e carregou-o com sua mão direita, mostrando assim que era muito mais forte do que a aparência deixava transparecer.
Assim que teve certeza que estariam seguros e ele agüentaria carregar aos dois, pôs-se a correr o mais rápido que poderia, a caminho do que ele chamava de seu lar.
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Ele caminhou por quatro dias e só parava para descansar à noite, quando já se encontrava cansado.
Quando encontrou o lago Schmerz soube que estava perto. O lago Schmerz possuía a água mais límpida e transparente jamais vista, como se emanasse algo mágico. O homem então, ao vê-lo, lembrou-se de uma antiga lenda contada pelos anciãos de sua terra.
O casal que ficar até a hora do beijar do Sol no horizonte às margens daquele lago passará por muitas dificuldades antes de conseguirem ficar juntos eternamente... Isso se conseguirem ficar junto algum dia de suas vidas. O lago não possui tal nome à toa, dissera o velho Vrael a ele. O lago era, então, considerado uma maldição por muitas das mulheres que ele conhecia.
Ele então riu das chamadas por ele de "besteiras" de seu povo.
Inacreditável!, pensou ele, Como um lindo lago desses pode trazer mal a alguém? Algum dia irei trazer minha escolhida para vermos o pôr do sol frente a ele. E iremos ver se isso é verdade. Humpf! Provavelmente é só uma invenção dos anciãos para confundir as pessoas, pensou, continuando a correr.
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Passadas algumas horas, ele entrou na densa floresta e caminhou até se encontrar em frente a uma grande muralha de árvores que parecia impenetrável porque não havia brechas para se passar por entre elas. Ás árvores eram gigantes, como se tivessem centenas de anos, e no centro delas se encontrava um grande arco de madeira, escondido entre altas árvores. O arco era de uma madeira grossa retorcida, como se houvesse sido divida em dois e trançada, e com folhas verdes pendentes que lhe serviam como ornamento. Olhando sem prestar muita atenção, o arco estava tão bem camuflado que parecia somente uma parte das árvores.
Uma pessoa pulou do alto da copa de uma das grandes árvores como um felino, aterrissando no solo perfeitamente. Era um homem alto e forte. Tinha o rosto fino, com sobrancelhas levemente arqueadas. Não aparentava ter mais de vinte anos. Seus cabelos eram negros, lhe batendo nos ombros. Seus olhos eram de um perolado profundo.
– Eu, Lisir Hyuuga, fui destinado por Sua Majestade a comandar este posto de guardião. Como vigia das terras de Wynaëra, peço-te então que identifique-se!
– Chamo-me Vanir Hyuuga, filho de Vrael Hyuuga. – disse ele.
– E quem seriam estas pessoas que carregas?
– Viajantes que salvei quando estavam à beira da morte, guardião.
O guardião relaxou e deixou transparecer uma feição amistosa e preocupada ao mesmo tempo.
– Vanir, Vanir... Como irás esconder estas pessoas de nosso povo? Eles são humanos.
– Oras, Lisir, não pretendo escondê-los!
O outro arqueou a sobrancelha.
– Irás fazer o que, então?
– Simples, meu amigo! Vou pedir aos curandeiros que cuidem deles por um tempo, até que fiquem conscientes e eu possa levá-los até Sua Majestade. E aí sim, vou ver onde minha história levará.
– E achas mesmo que irão aceitar a oferta de um louco como ti?
– Isso, amigo, eles decidirão. Mas afirmo-te: meu poder de persuasão é maior do que possa lhe parecer.
Soltando um suspiro, o guardião se pronunciou.
– Faças o que tu bem quiseres Vanir. Podes entrar. – virou-se para o grande arco: – Öffnen!– disse o guardião abrindo o portal mágico localizado entre o arco para impedir a passagem de intrusos.
O arco então mostrou uma bela cidade, que antes não havia ali, revelando que ali se escondia uma magia de proteção e ocultamento.
Vendo o amigo entrar correndo por entre a cidade, Lisir sussurrou:
– Algo me diz que isto não irá prestar – maneou a cabeça em sinal de desaprovação.
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Vanir adentrou uma linda cidade. Essa possuía belos tons verdes e marrons por toda sua extensão. Por onde passava, podia se ver as árvores que, estranhamente, possuíam portas com desenhos rústicos entalhados com perfeição nos mais mínimos detalhes. Era como se as casas fossem as próprias árvores. Os habitantes em sua maioria usavam túnicas de cores claras e os mais excêntricos usavam túnicas de cores fortes que esvoaçavam ao menor toque do vento. Túnicas essas que eram tão belas quanto cada um de seus donos. Aquela parecia ser a cidade do belo.
Sinto saudades daqui. Meu lar. Finalmente estou de volta, pensou Vanir.
Ele foi atrás da moradia dos anciões.
Percorreu a beira de um riacho que cortava a cidade. Chegou à frente de uma bela casa que possuía um de seus lados cercados pelo riacho. Assim como as outras casas, era também como que criada da árvore. Porém essa possuía mais belos detalhes do que as outras, e plantas a rodeavam, bem como trepadeiras muito bem cuidadas subiam a parede como que sorrateiras. A porta não parecia mais do que um desenho entalhado na grande árvore. Os enfeites da porta eram formados por desconexões de figuras geométricas, gerando um efeito caleidoscópio na madeira mogno. Era a casa dos Ältesten.
Vanir aproximou-se da grande porta, segurando os dois desacordados, e clamou:
– Anciões, eu, Vanir Hyuuga, filho de Vrael Hyuuga, tenho um pedido a fazer aos sábios de minha Terra. Peço a vocês que, em nome de nossos antepassados, escutem meu pedido e o analisem com calma.
Ao quinto segundo passado após a voz de Vanir se calar e propagar-se, uma voz ressoou em resposta.
– Os anciãos aceitam ouvir teu pedido. Porém, não te prometem que irão aceitar de bom grado o que disseres. Estás de acordo?
– Sim, eu estou.
A porta abriu-se, provocando um longo rangido.
– Aproxime-se.
Vanir adentrou o lugar.
Por dentro, a casa era toda feita de madeira mogno. Os móveis eram totalmente entalhados em madeira e alguns possuíam vidros para proteger seu conteúdo, outros possuíam uma esmeralda empregada na madeira. Plantas enfeitavam os móveis; trepadeiras esgueiravam-se no corrimão de uma escada. O ambiente era iluminado por lanternas sem chamas. Tudo era perfeito, como se criado pela mão da própria natureza fosse.
Ele deu mais três passos adentrando a casa, porém, antes que pudesse dar o quarto passo, um ancião surgiu no beiral da escada. Vestia uma longa túnica branca, que era costurada por fios de ouro. Ele possuía longos cabelos brancos e o rosto um pouco enrugado por culpa da idade, porém, mesmo com toda a velhice que lhe caía, não perdia toda a beleza que possuíra um dia. Então, olhando para as mãos de Vanir, se pronunciou.
– Por que trouxeste humanos para cá, no nosso meio?
– Eles estavam à beira da morte, e eu os salvei. Era sobre eles que eu queria falar.
– O que pedirás a nós, anciãos?
– Peço-lhes que deixem que eles fiquem conosco, pelo menos até se recuperarem, e que, por favor, os tratem devidamente para que saiam do coma.
– E o que te fazes acreditar que iremos atender ao teu louco pedido, Vanir? – disse o ancião, descendo os degraus da escada.
– Nada me faz ter certeza disso, ancião Aro. – Vanir ajoelhou-se, posicionou as pessoas no chão para que não se machucassem, e ainda de joelhos, pediu – Sei que pode parecer loucura aos teus olhos, porém eu me sinto culpado por não tê-los salvado. Ouvi o pedido de socorro da mulher que jaze aqui deitada, porém demorei-me demais para salvá-la. Se eles morrerem por minha culpa, sabes que serei expulso de Wynaëra. É lei que nossa raça não mate nenhum humano. E se eles perecerem, me declararei culpado por suas mortes e sairei de minha terra para nunca mais voltar.
Nesse instante, outro ancião desceu as escadas rapidamente, porém sem fazer nenhum barulho. Ele se colocou diante de Vanir.
– Não faças isso Vanir, não saias de Wynaëra outra vez agora que finalmente retornou, bitte!
Vanir, reconhecendo a voz que há muito não ouvia, levantou a cabeça e murmurou baixo.
– Pai.
– Sim, sou eu, Vrael, seu pai. – e abraçou o filho.
Vanir sentiu uma emoção que lhe doía por dentro, e chorou.
Ele sentia saudades. Saudades de sua terra. Saudades de seu povo. Saudades de sua casa.
E sentia saudades de seu pai.
Após um tempo, Vanir secou as lágrimas e se recompôs. Seu pai olhou para ele, e então se pronunciou.
– Filho, tu sabes as conseqüências que isso trará a você, não é?
– Eu realmente não ligo para as conseqüências pai. Só peço a vocês que cuidem deles. Eu mesmo falarei com o Rei, se necessário for.
Aro e Vrael se entreolharam e subiram as escadas, sem nada falar.
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Vanir esperou pacientemente por uma hora, até que Vrael e Aro descessem. Aro se pôs na frente de Vrael e disse:
– Discutimos e apresentamos nossas opiniões aos outros anciãos por uma hora. E depois de falarmos com nosso rei sobre o seu pedido, por meio da cristalomancia, ele nos deu um parecer.
Quando Aro parou, Vrael continuou.
– Nós, os anciãos e o Rei de Wynaëra, demos nosso parecer sobre seu pedido – ele olhou da mulher no chão para homem ao lado dela e depois para seu filho. Então disse: – Nós aceitamos seu pedido. Os levaremos para nossos curandeiros. Assim que eles ficarem curados, você será chamado. Se forem considerados nocivos, os retiraremos de Wynaëra o mais rápido possível e retiraremos de suas mentes tudo sobre nossa cidade e nosso povo. Porém, se não forem ameaças a nós e nos jurarem com magia que nunca contarão nossa localização a ninguém, nós os permitiremos ficar aqui até recuperarem-se.
Vanir sorriu e sentiu-se grato. Ele então fez uma longa reverência enquanto se pronunciava, agradecendo-os.
– Obrigado. Eu lhes sou grato e sempre serei. Se eles morressem, provavelmente me sentiria culpado. Poderia tê-los salvado bem mais a tempo, mas fui lento. Vocês me são de grande ajuda e apoio. Novamente lhes agradeço.
Vrael então colocou a mulher jazida no chão entre os braços, e Aro fez o mesmo com o garoto. Eles fizeram um sinal para que Vanir se fosse, enquanto subiam as escadas. Aro não parecia muito contente, mas Vanir tinha certeza de que ele e os anciãos com certeza iriam cuidar bem dos humanos. Eles agora estavam nas mãos dos velhos sábios.
Vanir se retirou do lar dos Ältesten e seguiu rumo sua antiga casa. Ele andou até chegar à frente de uma construção feita "dentro" da árvore. Era uma árvore grande, e a frente da casa élfica era bonita, mas nada que se equiparasse à beleza da casa outrora visitada.
Ele sentiu-se nostálgico.
Faz tanto tempo que não venho aqui em casa... Argh! Falando assim, até parece que sou um velho que adora viver de lembranças passadas!
Fazendo uma careta por tal pensamento, Vanir adentrou a casa.
Estava como ele se lembrava de tê-la deixado. Os móveis eram construídos em uma madeira muito escura, de cor que lembrava o tabaco. O pequeno sofá, construído de madeira era estofado com penas cobertas por um couro estranhamente tingido de um verde-mar. Havia uma estante com portas de vidro ao lado de uma bonita janela. A estante possuía livros de vários tamanhos, todos eles com suas lindas capas de couro bem cuidadas.
Ele então encaminhou-se para seu quarto, onde achou sua cama ainda feita. Seu livro preferido achava-se numa pequena mesinha de cabeceira ao lado da cama, onde também repousava um copo vazio. Havia também um baú de madeira alojado à frente da cama.
Vanir ficou parado, pensando em coisas que haviam acontecido no tempo em que ficara fora. E no fato de que dois humanos o levaram a voltar e pedir ajuda a um povo a quem deu as costas.
Jogando os pensamentos no fundo da mente, ele dirigiu-se para um local onde fazia sua higiene. Ele surpreendeu-se ao ver que havia água em sua banheira. Pelo visto, alguém sempre passava por lá. Talvez na esperança de que ele um dia voltaria. Esperança que, talvez por fosse por ela ou talvez não, o permitiu estar vivo para um dia voltar para casa.
Se eu um dia descobrir que fez isso por mim, não posso esquecer-me de agradecer, pensou ele.
Afastando os pensamentos da mente, ele despiu-se e entrou na banheira. Ao sentir a água gelada na pele, viu seu corpo relaxar pelo prazer que ela causara. Estava cansado, e um banho era tudo o que precisava naquele exato momento. Retirar toda a tensão que estava acumulada dentro de si era crucial.
Após o banho, ele vestiu uma de suas túnicas, que estava guardada dentro do baú de madeira e deitou-se.
Pensando em tudo que acontecera consigo no tempo em que estivera fora e em tudo que o havia feito voltar, ele adormeceu.
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Ao amanhecer do dia seguinte, estava ele acordado assim que se deu a segunda hora da manhã. Ele seguiu para seu banheiro e fez sua higiene. Tomou seu café da manhã e se pôs a caminhar pela cidade. Sentiu vontades de ir a um lugar onde sempre visitava quando criança. Ele então foi sentar-se às margens do rio Naszieren, que cortava Wynaëra.
Lembrou-se da época em que seus pais o levavam para brincar ou passar as tardes ali.
Lembro-me de uma vez e que minha mãe trouxe-me para cá, e eu quis pegar um peixe para mostrá-la, só que quase me afoguei! Foi tão engraçado! Eu devia ser um anão, pensou ele deixando escapar um leve sorriso.
Ele encarou o céu, onde o sol já fazia questão de brilhar.
Mãe, mãe. Por que fostes para a guerra? Devias ser uma grande mulher para enfrentar meu pai e ir lutar mesmo sem o consentimento dele. Eis aí uma das façanhas de Lyn. Mas ninguém a seguraria aqui, não é mesmo?! E agora já não se encontras entre nós... Queria que ainda estivesse viva, mãe.
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A tarde passou rapidamente. Vanir seguiu para sua casa assim que a primeira hora da noite chegou. Se perdera em seus pensamentos na frente do rio. Ele mal abriu a porta sua casa e ouviu gritarem seu nome. Virou-se e viu que era um dos mensageiros dos Anciãos.
– Senhor Vanir, chamo-me Lam e fui enviado pelos Anciãos para levá-lo até onde mantém em guarda dois humanos. Mandaram-me dizer que ela e seu amigo despertaram.
– Despertaram? Tão rápido? – perguntou Vanir, um pouco assustado. – Eles trabalham rápido. Lam, por favor, leve-me até lá.
Ele foi guiado até uma casa pequena onde os curandeiros estavam reunidos, junto com os anciãos. Vanir se manifestou.
– Ältesten, curandeiros. Eles de fato despertaram, como me foi dito?
Um curandeiro de vestes brancas, cabelos negros e olhos perolados, se pronunciou.
– Sim, de fato. Mas temos um problema.
– Que problema?
Eles apenas trouxeram a garota e o garoto para perto dele e disseram:
– Vejas tu mesmo.
Ele entendeu que era ele que devia fazer as perguntas agora naquele lugar.
– Como se chamam? – perguntou aos humanos.
– Chamo-me Tenten Mitsashi. – respondeu a menina.
– Chamo-me Naruto Uzumaki. – respondeu o loiro.
– Pois bem, chamo-me Vanir. Vanir Hyuuga. Trouxe-os para cá quando os vi caírem do alto de um penhasco... – ele interrompeu-se quando viu que eles estavam um pouco assustados. – Por acaso não se lembram que caíram?
– Não, senhor. – responderam em uníssono.
– Então, pularei essa parte e direi logo que se encontram nas terras de Wynaëra. Como podem ver, todos nós somos elfos, e revelamos nosso segredo à vocês. Cabe agora que confiem em nós e nos respondam: Quem são vocês?
– Somos irmãos. Irmãos de espírito e de consideração. – respondeu Naruto.
– Tudo bem. De onde vieram e para quem trabalham? – perguntou Vanir.
Nessa hora, viu que todos os rostos se contraíram numa tensão. Havia algo ali, ele sabia. Os humanos, levemente constrangidos, olharam para o chão e disseram:
– Não sabemos. Nem de onde viemos, nem de quem somos filhos e nem a mando de quem. – começou Tenten.
– Sabemos apenas que somos irmãos e que aqui estamos. – continuou o loiro.
– Nós simplesmente... – começou Tenten.
–... Não lembramos nada. Acho que... – continuou Naruto.
–... Perdemos a memória. – terminou Tenten, sentenciando como verídico o que Vanir tinha começado a imaginar.


fanfic escrita por Onuki_yumi

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